Hoje,
ao cair da noite,
o meu brilho cresceu
Acontece,
nem sempre
o vulgar se sobrepõe
Hoje, fugimos
porque aqui,
se incuba a dor
Reflecte sobre mim.
Por vezes,
sei do infinito
Pergunta-me sobre ti
Por vezes sei
Por vezes, fico sem falar
e sigo, quase sem cuidado
Depois regresso,
soberana,
à vida que quer chamar-se vida
Já não percebo quando falas do que foi,
ou do que foste
Sobrevêm segredos,
imagens do que serias,
não vestisses os vícios,
os olhos baços...
Comecei,
por onde se começa a sentir o mundo de cor,
Comecei,
por saber do coração obcecado,
Passei,
por seguir quase sem cuidado.
Fugimos de onde se incuba a dor
Seguimos coroando a liberdade.