sábado, 19 de março de 2011

A maior lua

Hoje,
ao cair da noite,
o meu brilho cresceu
Acontece,
nem sempre
o vulgar se sobrepõe
Hoje, fugimos
porque aqui,
se incuba a dor

Reflecte sobre mim.
Por vezes,
sei do infinito

Pergunta-me sobre ti
Por vezes sei

Por vezes, fico sem falar
e sigo, quase sem cuidado
Depois regresso,
soberana,
à vida que quer chamar-se vida

Já não percebo quando falas do que foi,
ou do que foste

Sobrevêm segredos,
imagens do que serias,
não vestisses os vícios,
os olhos baços...

Comecei,
por onde se começa a sentir o mundo de cor,
Comecei,
por saber do coração obcecado,
Passei,
por seguir quase sem cuidado.

Fugimos de onde se incuba a dor
Seguimos coroando a liberdade.