domingo, 19 de dezembro de 2010

O Natal faz sentido... porque faz sentido ter dias de parar para sentir.

Nos dias mais escuros, e às vezes mais frios do ano, faz sentido pôr luzes nas ruas e nas casas, faz sentido o consumismo que motiva o calor e o aperto humanos. É possível, sobre o pretexto do Natal, contrariar o efeito de hibernamento que naturalmente viria com a falta de luz e de calor. Numa altura em que biologicamente nos seria sugerida a recolha e o isolamento, temos as ruas cheias de pessoas, movimento, luz e apelo.
Faz sentido, sentir no Natal, o estado previligiado de ter connosco, de ter bem, aqueles que sempre estiveram na nossa vida. Ou no caso de faltar alguém, faz sentido a paz, para sentir a importância e o carinho que nos trouxe essa presença. Faz sentido, sentir o conforto de ter comida, calor, luz, prendas e amor nesses dois dias. Porque se não fosse tudo isso, seriam mais dois dias particularmente escuros e frios...

Os rituais nascem para enfeitar as nossas vidas, são apontamentos de arte na rotina das vidas humanas.  Se nos dedicarmos a mexer-lhes com as nossas próprias mãos, com o nosso próprio calor, com a nossa própria existência e humanidade, se fizermos o nosso Natal, o Natal faz todo o sentido.

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